Por Redação – Foto Anvisa/Reprodução

O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já emitem alertas sanitários sobre a mpox nos principais aeroportos e portos do país.

Viajantes e funcionários que circulam por esses locais já poderão encontrar painéis informativos ilustrando os sintomas, além de orientações sobre o que fazer, caso apresente algum deles.

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Com essa ação, o Ministério da Saúde e a agência reguladora enfatizam a necessidade de informar as populações em risco e implementar medidas de preparação e resposta nos serviços de saúde para prevenir e controlar a transmissão da doença.

Os avisos já estão disponíveis tanto nas áreas de embarque e desembarque doméstico, quanto na área internacional.

Entre 2022 e 2024, mais de 63.270 casos confirmados foram registrados nas Américas.  Já no Brasil, em relação à primeira cepa do vírus, o país registrou, em 2022, mais de 10 mil casos confirmados ou prováveis.

No ano passado, foram notificados 853 casos. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, desde janeiro de 2024, foram notificados no país 1.495 casos confirmados ou prováveis de mpox.  Devido a possibilidade de novas variantes da doença, com características ainda desconhecidas, é fundamental atenção, rápida identificação e prevenção.

O que é a mpox?

A mpox é uma doença zoonótica viral causada pelo Monkeypox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) do gênero Orthopoxvirus ( gênero de vírus composto por várias espécies que infectam mamíferos. Esses vírus causam infecção generalizada e erupções em alguns hospedeiros).

O vírus pertence à família Poxviridae ( família de vírus que infectam mamíferos, aves e insetos). O vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo mpox ou por materiais contaminados com o vírus.

A principal forma de transmissão é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos que foram contaminados pelo contato com uma pessoa doente.

Devido a possibilidade de novas variantes da mpox, com características ainda desconhecidas, é fundamental atenção, rápida identificação e prevenção.

Sintomas

A doença evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas. Os principais sintomas são: erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não); adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados denominados de “ínguas”; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais da doença (período de incubação) é geralmente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outros indivíduos. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

Tratamento

Ao perceberem os sintomas compatíveis com a mpox, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para avaliação e informe se teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.

É aconselhável isolar-se de atividades sociais e coletivas, evitando contato próximo com outras pessoas. Além disso, é necessário higienizar as mãos regularmente e seguir orientações para proteger outras pessoas da infecção.

O tratamento é realizado por meio de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar as complicações e evitar sequelas.

A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados. Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para a doença.

Para saber mais sobre a mpox, acesse: (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/mpox)