O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira (24) durante discurso de abertura na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos EUA, acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil, disse que vinha “apresentar o novo Brasil que ressurge depois de ter ficado à beira do socialismo” e que seu governo tenta reconquistar a confiança do mundo.

Tradicionalmente, desde 1949, cabe ao representante do Brasil abrir o debate geral da assembleia das Nações Unidas. Foi o primeiro pronunciamento de Bolsonaro como chefe de Estado no encontro.

“Apresentar aos senhores ao novo Brasil depois de ficar à beira do socialismo. Está sendo reconstruído a partir dos anseios e ideais do sue povo. No meu governo o Brasil vem trabalhando para reconquistar a  confiança do mundo. Meu país esteve muito próximo do socialismo. Altas taxas de criminalidade”, afirmou.

Em seu discurso, Bolsonaro citou o programa Mais Médicos, assinado em 2013 entre o “governo petista e a ditadura cubana”, que o definiu como “trabalho escravo”.

“O verdadeiro trabalho escravo. Antes mesmo de eu assumir, quase 90% deixou o Brasil. Nosso país deixou de contribuir para ditadura cubana”, afirmou.

Bolsonaro afirmou, ainda, que tem “compromisso solene” com a proteção da Amazônia. Disse que a Amazônia é maior do que toda a Europa ocidental e “permanece praticamente intocada”, o que seria prova, segundo o presidente, de que o Brasil é “um dos países que mais protegem o meio ambiente”.

“Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil”, declarou o presidente.

Bolsonaro, que protagonizou um bate-boca público com Emmanuel Macron, não citou o nome do presidente francês, mas rebateu críticas de outros países e criticou interesses externos “disfarçados de boas intenções” e disse que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da floresta devia ser tratado em pleno respeito à soberania brasileira.

Após protagonizar polêmicas com outros líderes mundiais e se tornar alvo a desconfiança internacional, o presidente brasileiro prometeu fazer um pronunciamento “conciliador”, em que não vai “apontar o dedo” para nenhum chefe de Estado ou governo.

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