NASA está estudando uma área misteriosa acima do Polo Norte onde o céu é tão denso que tecnicamente deveria “cair”.
A agência espacial dos EUA pensa que algo que não podemos detectar ou entender está apoiando a massa extra, e por isso em 1º de dezembro lançou uma missão para tentar resolver este mistério.
“Algo invisível segura esta massa extra e a missão CREX-2 visa descobrir o que é exatamente”, escreve agência em comunicado.
A área que está sendo estudada é uma lacuna em forma de funil no campo magnético da Terra que se abre sobre o Polo Norte ao meio-dia na hora local.
Esta lacuna é chamada de cúspide polar e também existe no Polo Sul. O campo magnético da Terra nos protege de ventos solares severos, mas esses ventos podem entrar pela cúspide polar e interromper os sinais de rádio e GPS que passam por ela.
O que é ainda mais invulgar sobre esta abertura é que quando as naves espaciais passam pela cúspide elas desaceleram e até o momento ninguém sabe explicar o porquê.
Mark Conde, o pesquisador principal da missão da NASA, descreveu a área como um “quebra-molas” quando é atingida por uma espaçonave.
“A cerca de 400 km acima da Terra, as naves espaciais sentem mais arrasto, como se tivessem atingido um quebra-molas. Isso é porque o ar na cúspide é visivelmente mais denso do que o ar em outros lugares nas órbitas das espaçonaves em torno da Terra. Mas ninguém sabe o porquê, ou como”, disse cientista.
A agência espacial norte-americana lançou um foguete ao espaço a partir da base de lançamentos de Andoya, situada na Noruega, que liberou o aparelho CREX-2 a fim de estudar este estranho fenômeno que ocorre na atmosfera terrestre.
A espaçonave libera vapores coloridos para que cientistas possam tentar medir a velocidade do vento. Segundo uma teoria, existem ventos em forma de vórtices que giram na cúspide polar.
A missão também lançou vários instrumentos criados para medir partículas eletricamente carregadas que podem estar segurando o ar mais denso. Ao compreender as forças envolvidas na cúspide, os cientistas esperam antecipar melhor as mudanças nas trajetórias das naves espaciais.
Fonte: Sputnik Brasil