Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (5), integrantes da cúpula do Ministério da Saúde avaliam que o Brasil vai viver nas próximas duas semanas o pior momento da pandemia, e os registros de mortes por dia podem passar de três mil.

De acordo com fontes do Ministério da Saúde ouvidas pelo jornal Valor Econômico, a pasta entende que o Brasil se aproxima de uma “tempestade perfeita”, com novas variantes, colapso hospitalar e falta de vacinas.

A publicação ainda relembra que, nos últimos sete dias, a média de mortes ficou em 1.361, com um pico de 1.840 óbitos registrados na quarta-feira (3).

Segundo o jornal, o governo federal cogita construir hospitais de campanha nos próximos dias e vai estimular que estados reabram estruturas do tipo que foram fechadas.

Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério da Saúde avalia que não há muito o que fazer. A decretação de um lockdown nacional está descartada.

As preocupações da pasta estão direcionadas para a região Sul, onde há três estados estão à beira do colapso (RS, SC e PR). A situação de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás também geram alertas.

No médio prazo, a equipe do ministro Eduardo Pazuello acredita que a vacinação começará a acelerar a partir deste mês, com uma maior produção do Instituto Butantan e da Fiocruz.

Manifestantes protestam, em terminal rodoviário de Brasília, contra demora para início da vacinação contra a COVID-19 no Brasil, em 23 de dezembro de 2020
© AP PHOTO / ERALDO PERES Manifestantes protestam, em terminal rodoviário de Brasília, contra demora para início da vacinação contra a COVID-19 no Brasil, em 23 de dezembro de 2020

Fonte: Sputnik Brasil