Um ex-funcionário da ONU presidirá a comissão de inquérito sobre os abusos dos direitos humanos de Israel contra os palestinos no conflito recente.

Navi Pillay,  a ex-Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, vai presidir a comissão internacional de inquérito sobre os abusos dos direitos humanos cometidos em maio passado pelo regime israelense nos territórios palestinos ocupados e em sua agressão contra a Faixa sitiada.

Pillay ocupou seu cargo de 2008 a 2014. Junto com ela, entre os integrantes da referida comissão, estão os nomes do indiano Miloon Kothari e do australiano Chris Sidoti. Kothari foi o Relator Especial da ONU para Habitação de 2000 a 2008, enquanto Sidoti é um reconhecido especialista em direitos humanos.

Em 28 de maio, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC) aprovou uma resolução contra o regime de Tel Aviv, na qual apelava à criação de uma “comissão internacional e independente” para investigar violações relacionadas às ofensivas de Israel contra o enclave costeiro, bem como os abusos “sistemáticos” do regime israelense que provocaram um “ciclo repetitivo de violência” nos territórios palestinos ao longo de décadas.

Recorde-se que a resolução foi aprovada com 24 votos a favor, num total de 47 membros do UNHRC, 14 abstenções e nove contra.

Nesse contexto, Argentina, Bolívia, Cuba, México e Venezuela, junto com Rússia, China e 17 outros países também votaram a favor da criação da comissão de investigação do CDHNU, o  que causou mal-estar ao ex- primeiro- ministro israelense Benjamin Netanyahu.

De 10 a 21 de maio, o mundo testemunhou outra escalada de violência do regime israelense contra os habitantes de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde palestino, neste conflito de 11 dias, pelo menos 255 palestinos foram mortos, incluindo 66 crianças e 39 mulheres, e mais de 1.900 ficaram feridos.  

Fonte: HISPANTV