O cantor Léo Santana e a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) se unem à campanha “Somos Todos do mesmo Sangue”, da Fundação Hemoba e mais 16 hemocentros estaduais de todo o país, com o objetivo de homenagear o Dia Nacional do Doador de Sangue. Nesta quarta-feira (25), a Osba abriu o dia com uma apresentação especial. Na sequência, o cantor Léo Santana foi convidado a ser embaixador da campanha e fez o cadastro para também ser doador de medula óssea.

Podem doar sangue pessoas saudáveis, entre 16 e 69 anos, contudo, com a pandemia da Covid-19, a idade limite sugerida é 59 anos, para evitar que pessoas com 60 ou mais saiam de casa. O diretor-geral da Fundação Hemoba, Fernando Araújo, fala sobre a campanha, mas ressalta que todo dia é dia de doar sangue. “Uma doação pode salvar mais de uma vida, principalmente quando se fala de UTI neonatal. Temos quatro hemocomponentes que podem derivar de uma única bolsa de sangue. Além disso, os recém nascidos tomam quantitativos menores, então uma bolsa pode ser utilizada em diversos receptores”.

Léo Santana explica que, desta vez, não pôde doar sangue, devido a uma tatuagem e a uma cirurgia recentes. Segundo ele, a parceria com a Hemoba já acontece há dois anos. “Eu me sinto lisonjeado e honrado com o convite agora para ser embaixador da campanha. Então eu peço a vocês encarecidamente que venham aqui para salvar vidas.”

Violoncelista da Osba, Maurício Kowalski também se sente feliz de participar da campanha. “Essa é uma parceria que já dura um bom tempo e eu acredito que seja muito gratificante tanto para nós como para os doadores. A gente alegra o ambiente e também as pessoas, que são os receptores do sangue doado aqui”.

Doadores e receptores

Tereza de Jesus dos Santos é a mãe de Luane, 16 anos, que precisa receber uma transfusão regularmente. Ela foi fazer a transfusão nesta quarta-feira. “Eu me sinto bem, eu tomo sangue sempre e eu me sinto bem”, conta a menina. A mãe também falou sobre a importância da doação. “Luane vem receber sangue de 21 em 21 dias, porque teve um AVC há dez anos. E isso é importante para ela sobreviver e, para mim, que sou a mãe dela. Agradeço a toda a equipe”.

O carpinteiro Pedro Júlio de Jesus, 55 anos, fez a doação também nesta quarta. “Eu percebo que a população está sentindo a falta de sangue e sou doador já há muito tempo. Vendo essa dificuldade, eu faço questão de vir e ajudar ao meus amigos, porque se eu estou ajudando alguém, eu sinto isso como uma amizade”.

Doação de medula

Fernando Araújo fala também da importância de se doar medula óssea. “A doação de cadastro de medula é de cinco mililitros, como se fosse um hemograma. É feito um estudo genético no sangue, e o cadastro vai para um banco nacional, para que isso se torne abrangente. Medulas compatíveis são muito raras, mas aqui mesmo, no interior da Bahia, temos uma pessoa que já pode ser doadora para dois pacientes diferentes. Então, nesse primeiro momento, é só o cadastro. A coleta para doação só ocorre se houver a compatibilidade”, explicou.

Fonte: Portal GOV BA