Por Sandra Mercês e Yuri Abreu | Foto Sandra Mercês

O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou, nesta segunda-feira (25), antes da entrega do título de cidadão soteropolitano ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, o fato de as eleições no Brasil ocorrerem a cada dois anos, o que faz com as especulações ocorram muito antes do pleito seguinte, quando a votação anterior mal esfriou.

Em entrevista à imprensa, ao justamente ser questionado sobre a formação da chapa governista para 2026, na majoritária, ele deu prazo para fechar questão, em meio as discussões sobre quem serão os representantes. Além do senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), que já manifestaram querer concorrer a um novo mandato, o ministro Rui Costa (PT) também afirmou sua pretensão a disputar uma das duas vagas à chamada Câmara Alta, em 2026, o que pode gerar um problema na base governista.

“Me pergunte em 29 de março de 2026”, disse Otto. “Eu não tomo decisões intempestivas, fora de tempo. Não tenho ansiedade por cargo, não tenho ansiedade por posições políticas. Nem eu e nem o nosso grupo vamos ter essa posição agora. Esse é o grande mal da lei eleitoral, com eleições de dois em dois anos. Eu prefiro pensar como é que eu vou ajudar o Lula lá na liderança do governo, e aqui como o PSD vai ajudar o Jerônimo”, completou.

Eleição à Presidência da Alba

Outro tema abordado com o congressista foi a eleição para a Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Questionado se terá alguma ingerência no pleito, o pessedista negou e afirmou que são os próprios deputados quem decidirão o próximo chefe do Legislativo estadual.

“A Assembleia é casa de iguais. Todos são deputados iguais e quem decide são os deputados iguais. Eu nunca indiquei nome pra Assembleia. Às vezes as pessoas pensam isso. Não fui eu que indiquei o Ângelo, o Coronel. Foi ele que decidiu ser candidato e ganhou. Fui eu que indiquei o Adolfo Menezes? Absolutamente. Portanto, isso aí, quem vai decidir é a Assembleia. Se o PSD tiver a oportunidade de apresentar uma candidatura por consenso dentro do PSD, o único nome é Ivana, não tem outro nome”, garantiu.

Crescimento do PSD na Bahia e no Brasil

Otto Alencar ainda fez um balanço sobre a atuação do PSD nas últimas eleições municipais e de que forma o partido sai das urnas. Para ele, independente da decisão a ser tomada em 2026 e as alianças consideradas por ele solidas com partidos como PT e PSB, a ideia é a de que os pessedistas sigam crescendo, mas não impondo qualquer condição sobre os aliados.

“O PSD na Bahia e no Brasil cresceu muito. No Brasil fizemos 882 prefeitos, incluindo captais como Curitiba, Rio de Janeiro e Florianópolis. Na Bahia, tivemos vitórias em Alagoinhas, Itabuna, Bom Jesus da Lapa e em mais 115 cidades. Vamos tomar decisões coletivas dentro do partido. Temos uma aliança é muito sólida com PT e PSB e vamos buscar caminhos continuar crescendo. Mas, nunca com a imposição. O partido sempre vai buscar manter a solidez das suas alianças. Quando se tem uma posição política em que se caminha e está dando certo, o importante é deixar os interesses individuais pensando no conjunto”, finalizou.