Por Redação – Ilustração Thiago Fagundes/Agência Câmara
As federações partidárias sofreram as maiores derrotas das eleições municipais. E, com isso, os partidos que fazem parte desses blocos estão buscando alternativas para sobreviver.
No pleito deste ano, as federações partidárias no Brasil, como PT/PV/PCdoB, PSOL/Rede e PSDB/Cidadania, enfrentaram dificuldades significativas que indicam problemas de união e de estratégia.
De acordo com o UOL, a federação PSOL/Rede perdeu cerca de 60% dos prefeitos eleitos, e o PSDB/Cidadania sofreu uma queda de 55%. A aliança PT/PV/PCdoB conseguiu uma variação de 2% em prefeituras, mas revelou tensões: o PT cresceu 37%, enquanto PV e PCdoB encolheram significativamente, respectivamente em 70% e 61%.
As dificuldades tem gerado instabilidade nas federações, que são obrigadas a atuar como uma unidade por pelo menos quatro anos devido às regras eleitorais.
O aumento progressivo da cláusula de barreira, que estabelece um número mínimo para deputados federais além de acesso a financiamento e propaganda, torna a situação ainda mais delicada.
A partir de 2026, o número exigido para partidos será de 13 deputados, subindo para 15 em 2030. Partidos como PV, PCdoB e Rede não alcançam esse patamar sem a federação, o que ameaça sua sobrevivência.
Essa conjuntura pode impulsionar fusões e novas alianças, especialmente entre partidos com histórico de maior representatividade no Congresso. PDT, Podemos e PSB, embora também estejam perto do limite da cláusula de barreira, são opções para alianças vantajosas.
Por outro lado, partidos mais estruturados, como PSD, MDB e União Brasil, tendem a ganhar força na corrida pela centralização do poder político, enquanto partidos menores enfrentam um cenário de enfraquecimento gradual.