O diretor-geral da Polícia Federal, o bolsonarista Paulo Maiurino, decidiu mudar a chefia da superintendência  da corporação no Distrito Federal. O superintendente, Hugo de Barros Correia, estava há menos de cinco meses no cargo e era responsável por conduzir investigações sensíveis ao governo Jair Bolsonaro.

Dentre os inquéritos que correm no órgão estão os casos relacionados ao inquérito das fake news e sobre a organização de atos antidemocráticos, sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O órgão também é responsável pelas apurações sobre os negócios de Jair Renan, filho do ex-capitão, e da ex-estagiária do STF Tatiana Marques de Oliveira Garcia Bressan, supeita de repassar informações do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski para o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, as críticas da cúpula da PF ao trabalho de Correia teriam começado ainda nos primeiros dias de sua gestão à frente do órgão, quando foi deflagrada uma operação contra Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente, com supostas falhas de apuração e pela ausência de necessidade de divulgação das medidas judiciais cumpridas, considerada uma praxe pela instituição.

A gota d’água, porém, teria sido a operação contra Tatiana Marques, deflagrada na última quinta-feira (7), que não teria sido comunicada à direção-geral da PF.

Fonte: Brasil 247