Pacheco pode colocar PL do Veneno em votação ainda em 2022 – Pedro França/Agência Senado
Organizações ambientais e populares citam riscos à saúde e pedem que a proposta de ruralistas não vá ao plenário em 2022
Murilo Pajolla
Brasil de Fato | Lábrea (AM) |
O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) recebeu uma carta assinada por 26 organizações populares e socioambientais que pedem a suspensão da tramitação, nesta legislatura, do chamado PL do Veneno.
A proposta defendida pelo agronegócio libera o uso de novos agrotóxicos, além dos mais de 2 mil liberados no governo Bolsonaro. O Greenpeace diz que o texto permite o registro de substâncias comprovadamente cancerígenas e atualmente proibidas no Brasil.
O PL do Veneno já foi aprovado na Câmara e pode ser votado a qualquer momento pelo Senado. Depois, poderá ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A carta lembra que o Projeto de Lei 1459/22, o PL do Veneno, foi analisado por apenas uma comissão temática do Senado: a de Agricultura, que é controlada por ruralistas e aprovou a medida. Mesmo assim, foi liberado para votação no plenário nesta semana, a última de atividade legislativa.
A aprovação do PL pela Comissão de Agricultura “desconsiderou os argumentos e contribuições da sociedade civil e da comunidade científica especializadas a respeito dos impactos do projeto sobre a saúde, o meio ambiente e à sociedade brasileira”, diz o documento.
Entre os signatários da carta, estão a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o Greenpeace Brasil.
Riscos do PL do Veneno
O comunicado diz que os parlamentares “deveriam estar focados na promoção da saúde, no combate à fome, à desigualdade, à violência e as demais urgências que o país enfrenta”. O PL do Veneno, segundo as organizações, “vai na contramão da segurança alimentar, sanitária, ambiental e climática”.
“Esse PL vai gerar nível de contaminação que praticamente eliminaria a possibilidade de coexistência de outros modelos agrícolas baseados na produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxicos, como a agroecologia, por exemplo”, avaliou o assessor Legislativo do Instituto Socioambiental Kenzo Jucá.
Marina Lacôrte, porta-voz de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil, concorda. “É inaceitável avançar com um projeto de tamanha gravidade para a saúde da sociedade e para a natureza. Precisamos de menos veneno no prato e mais comida de verdade”, declarou.
Autor do PL processou Greenpeace
O Greenpeace, uma das 300 organizações que já se manifestaram contra o PL do Veneno, foi alvo de uma ação judicial movida pelo autor da proposta no Senado, Acir Gurgacz (PDT-RO).
A entidade ambientalista repudiou a atitude do senador e a chamou de “nítida tentativa de intimidação e silenciamento”.
“É uma afronta à democracia e à sociedade brasileira que um senador da República busque cercear a liberdade de expressão e opinião de uma organização da sociedade civil que atua há 30 anos pela defesa do meio ambiente no país”, diz nota do Greenpeace divulgada nesta terça-feira (20).
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.