Por Redação – Foto Divulgação/ PF

 

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) a Operação Sisamnes, para apurar um esquema de corrupção que inclui venda de decisões judiciais, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas. A investigação aponta o envolvimento de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.

De acordo com a PF, os suspeitos solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, garantindo decisões favoráveis. Além disso, há indícios de negociações envolvendo o vazamento de dados sigilosos, como detalhes de operações policiais em curso.

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. Também foram determinadas medidas cautelares, como o afastamento de servidores públicos e magistrados, uso de monitoramento eletrônico, e o sequestro e bloqueio de bens dos investigados.

Origem do nome da operação

O nome da operação, Sisamnes, é inspirado em uma história da mitologia persa, que narra a punição exemplar de um juiz que aceitou suborno para proferir uma sentença injusta. Durante o reinado de Cambises II, Sisamnes foi condenado à morte e teve sua pele usada para revestir a cadeira onde se sentava, simbolizando a intolerância à corrupção na justiça.