Por Redação – Foto Fernando Frazão/ Agência Brasil
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) denunciou que agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro entraram sem identificação e sem autorização no campus da instituição, durante uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (8). O campus de Manguinhos-Maré, onde estão localizadas as principais instalações da Fiocruz, fica próximo a duas comunidades na zona norte da cidade.
Durante a ação, um supervisor da empresa de segurança contratada pela fundação foi detido sob a acusação de auxiliar criminosos em fuga. No entanto, a Fiocruz afirmou que o funcionário apenas cumpria o protocolo de evacuar e interditar áreas para proteger funcionários e estudantes.
A Bahia, o Brasil e o mundo a um click de distância. Siga nosso canal do WhatsApp.
Em outro incidente, uma funcionária foi atingida por estilhaços depois que um disparo atravessou o vidro de uma das paredes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, responsável pela produção de vacinas e outros medicamentos essenciais. Ela precisou de atendimento médico.
A Fiocruz classificou a operação policial como “arbitrária” e ressaltou que a falta de comunicação prévia colocou em risco a integridade física de trabalhadores e alunos. Em nota oficial, a instituição manifestou preocupação com a segurança no local e o impacto das ações nas atividades acadêmicas e de pesquisa.
A Polícia Civil, por sua vez, informou que a operação fazia parte da “Operação Torniquete”, com foco no combate ao roubo e à receptação de cargas, atividades que financiam facções criminosas no Complexo de Manguinhos. Até o início da tarde, o único preso era o vigilante da Fiocruz, acusado de colaborar com a fuga de suspeitos. Armas e drogas foram apreendidas na comunidade, mas o volume das apreensões não foi detalhado.