Deltan queria fazer busca e apreensão sobre o político ‘por questão simbólica’, diz Monica Bergamo em sua coluna. Bergamo recebeu para análise este material de Glenn Greenwald, do The Intercept.

Jornal GGN – Deltan Dallagnol, em outubro de 2018, queria acelerar ações contra Jacques Wagner, que tinha sido eleito senador pela Bahia. Deltan queria fazer busca e apreensão sobre o político ‘por questão simbólica’, diz Monica Bergamo em sua coluna. Bergamo recebeu para análise este material de Glenn Greenwald, do The Intercept.

Tais diálogos ocorrem em 24 de outubro, quando Sergio Moro já era figurinha certa como ministro de Jair Bolsonaro, caso ele ganhasse de Fernando Haddad, pois o segundo turno das eleições ocorreria no dia 28 de outubro.

Deltan pergunta aos procuradores se teriam alguma chance. ‘Caros, Jaques Wagner evoluiu? É agora ou nunca… Temos alguma chance?’, pergunta ele. Athayde (Athayde Ribeiro Costa) responde que as primeiras quebras não foram deferidas, mas como novos fatos surgiram iram ‘pedir reconsideração’.

Dallagnol responde que é urgentíssimo. ‘Tipo agora ou nunca kkkk’, diz o procurador que coordena a Lava jato. Ao que Athayde pondera que tal ato não impactará no foro e Deltan devolve dizendo que não impactaria, ‘mas só podemos fazer BAs [operações de busca e apreensão] nele antes [da posse]’.

Quando uma procuradora diz não saber se vale outra busca, Deltan diz que se tiverem coisa para denúncia, vale outra busca e apreensão ‘até por questão simbólica’. Mas considera que é preciso ter um caso forte. Athayde informa que seria ‘mais fácil’ Wagner aparecer ‘forte’ em outro caso. E Dellagnol acha isso bom demais.