Carlos Lima

Mesmo contando com esses profissionais em se quadro de efetivos, a prefeitura do município de Feira de Santana, confirma licitação programada para o mês de junho com o objetivo de contratar engenheiros e arquitetos por um custo superior a R$ 9,7 milhões.

Pasmem os senhores. A finalidade dessa contratação é a elaboração de projetos arquitetônicos de engenharia, orçamento e fiscalização de obras da Secretaria de Educação.

Esses profissionais deverão atuar na construção de projetos arquitetônicos, de engenharia, orçamento e fiscalização de obras na Secretaria.

É como se não existissem profissionais capacitados, na área, no quadro dos servidores do município.

Se os profissionais não são capacitados, porque eles são mantidos?

Como se justifica a prefeitura contratar profissionais nessa área e pagar exatos R$ 9.763.019,40, isto se não houver aditivos ao contrato, coisa que acontece em 99% dos casos.
O governo municipal tenta justificar alegando que o quadro de servidores local não conta com força de trabalho suficiente para suprir tais demandas.

Pois bem, em quais obras estão trabalhando, quais os projetos em que esses servidores estão engajados que não lhes sobram tempo?

É um absurdo a justificativa o governo municipal. O gasto será astronômico e inaceitável.

É mais racional e responsável com o dinheiro público a contratação temporária de profissionais. Definir uma equipe entre os profissionais efetivos e contratados para atender ao projeto que se deseja implementar na Secretaria de Educação.

Os gastos, ou melhor, os investimentos seriam aplicados de maneira mais “justa”.

No quadro de servidor do município de Feira de Santana existem 41 engenheiro e arquitetos.

Os munícipes querem saber em quais projetos estão trabalhando esses 41 profissionais.

O prefeito os considera incapazes profissionalmente?
O imaginário popular está construindo suposições que merecem uma investigação dos órgãos fiscalizadores.
Vejamos: a comentada planilha dos custos orçamentários define R$ 7.305.708,96 para contratação de engenheiros, arquitetos, desenhistas, técnicos de edificações, entre outros.

E mais R$ 2.457.310,44 para a contratação de equipe de controle tecnológico, equipamentos, veículos e apoio.

Essa é uma planilha infamante. A segunda cidade do Estado da Bahia não possui em seus quadros profissionais capacitados gerarem e gerirem tal projeto.

A Prefeitura deve fechar as portas e jogar a chave fora, ou no bolso de alguém.

Nessa segunda tentativa. O governo municipal tenta emplacar esse alçapão.

Em época de pandemia e forte crise financeira, o dinheiro do povo será a salvação de poucos manipuladores.

Carlos Lima