Na quarta-feira (10), o premiê da Polônia, Mateusz Morawiecki, chamou a crise migratória na fronteira com Belarus de “terrorismo estatal”.
“É preciso afirmar claramente que isso é uma expressão de terrorismo estatal”, indicou Morawiecki após se encontrar com o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, em Varsóvia.
O primeiro-ministro polonês propôs bloquear os voos dos países do Oriente Médio a Belarus. Morawiecki disse que as sanções atuais “não são suficientemente eficazes contra o regime de Lukashenko, porque afetam certos indivíduos”.
A Polônia fechará mais postos de controle na fronteira polonesa-belarussa se os migrantes tentarem entrar à força na Polônia, disse o premiê.
“Em primeiro lugar, pensamos fechar os postos de controle fronteiriço onde ocorrem os ataques […] Se Lukashenko não parar seu ataque híbrido, seremos forçados a fechá-los”, declarou.
Morawiecki sublinhou que isso “não é uma crise migratória, é uma crise política criada para propositadamente para desestabilizar a situação na União Europeia”.
O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou sua solidariedade com a Polônia no âmbito da crise migratória na fronteira.
“A causa de minha presença aqui é expressar minha solidariedade e a solidariedade da União Europeia com a Polônia, que está enfrentando esta crise grave”, disse Michel durante a coletiva de imprensa conjunta.
Michel chamou a situação de um “ataque grosseiro, híbrido”. Ele afirmou que a União Europeia deve aumentar as sanções contra o governo de Lukashenko.
Ontem (9), o premiê polonês afirmou que a situação na fronteira polonesa-belarussa, que também é a fronteira externa da União Europeia, pode ser caraterizada como uma guerra de “novo tipo”. Morawiecki declarou que Minsk e Moscou estão realizando “um ataque muito coordenado” por meio dos imigrantes.