O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, disse hoje (6) que a operação conduzida pela Força de Defesa Nacional em Tigré se justifica pela necessidade de restaurar a ordem e o estado de direito na região, à luz da recente escalada armada.

“As operações das forças de defesa federais em andamento no norte da Etiópia têm objetivos claros, limitados e alcançáveis — restaurar o estado de direito e a ordem constitucional e salvaguardar os direitos dos etíopes de levar uma vida pacífica onde quer que estejam no país”, disse Abiy Ahmed por meio de nota.

De acordo com o premiê, sua administração buscou diferentes maneiras de resolver as disputas crescentes na região, sem sucesso, antes de decidir lançar a ofensiva militar.

No último dia 4, o governo etíope acusou a FLPT, o partido no poder na região, de atacar uma base militar local. Os confrontos que se seguiram levaram a várias baixas dos dois lados. O primeiro-ministro Abiy Ahmed decidiu então mobilizar o exército para enfrentar as autoridades da região.

A Frente de Libertação do Povo Tigré, que se opõe ao governo em exercício, solicitou em setembro que o gabinete etíope realizasse eleições locais, que foram adiadas devido à pandemia. Depois que o pedido foi rejeitado, o partido organizou eleições por conta própria, mas estas nunca foram reconhecidas como legítimas pelo governo central.

Após o atual confronto no norte do país, o gabinete de Ahmed colocou a região em estado de emergência por um período de seis meses devido às “atividades ilegais e violentas que põem em perigo a constituição e a ordem constitucional”.

 

Fonte: Sputnik Brasil