Hebert Rondon/ Ibama
BRASIL

O chefe da agência de assuntos indígenas do Brasil disse na terça-feira que foi demitido devido à pressão do Ministério da Agricultura, que sob o comando do presidente Jair Bolsonaro está buscando abrir terras de reservas para a agricultura comercial e para a mineração.

Franklimberg Ribeiro de Freitas, chefe da Agência Nacional de Assuntos Indígenas, a Funai, foi retirado do cargo pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que supervisiona a Funai, confirmou a pasta.

Em declarações aos funcionários da agência, Freitas culpou Luiz Antônio Nabhan Garcia, secretário de Assuntos Agrários do Ministério da Agricultura, por sua demissão. Freitas declarou que Bolsonaro foi “muito mal aconselhado”.

Em maio, a Câmara dos Deputados rejeitou a iniciativa de Bolsonaro de colocar decisões sobre terras indígenas nas mãos do Ministério da Agricultura e as manteve com a Funai.

O presidente alarmou antropólogos e ambientalistas ao planejar assimilar os 800 mil indígenas brasileiros e abrir terras de reserva para o desenvolvimento comercial, mesmo na Floresta Amazônica.

Azelene Inácio, ex-diretor da Funai, é um potencial substituto de Freitas na Funai, segundo a Agência Reuters.