Com objetivo de estimular a expressão artística e sensibilizar estudantes da rede pública de ensino em relação ao cuidado com o ambiente escolar, o projeto Mais Grafite promoveu uma nova oficina, nesta sexta-feira (25). Depois de visitar escolas em São Caetano e Pirája, a iniciativa chegou ao Bairro da Paz, onde realizou uma oficina sobre arte urbana, no Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, homenageando o capoeirista que dá nome à escola, pela representatividade dentro da comunidade.

Elaborado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), o projeto faz parte do programa estadual Pacto Pela Vida. Para Carlos Martins, titular do órgão, a iniciativa promove a arte em prol do embelezamento e cuidado com as escolas e ajuda valorizar a cultura jovem da periferia. “Queremos aproximar o estado desses jovens e fazer com que eles tenham uma relação de cuidado e carinho com o patrimônio, e também descubram a arte, a cultura, o lazer, o esporte, e, possivelmente, uma oportunidade de geração de emprego e renda através do grafite”.

Marcos Prisk, grafiteiro e instrutor do projeto, acredita que o Mais Grafite ajuda a valorizar a cultura dos bairros e o sentimento de pertencimento dos jovens. “Ensinamos sobre a história das comunidades onde eles estudam e isso é importante para que eles se sintam filhos daquele lugar e tenham uma relação mais profunda”. A estudante Crislane Lima, de 19 anos,se surpreendeu com a oficina. “Vim aprender a grafitar, mas acabei aprendendo muito mais sobre a origem desse lugar. Muito bom”.

Poder da música

A atividade também contou com uma apresentação da Banda Sinfônica da Paz que integra o programa Neojibá. O grupo se apresentou sob a regência do maestro Esdras Efraim. Ele acredita que levar a música para a escola pública é uma oportunidade de democratizar a arte nas comunidades mais carentes. “É um momento de integração. A arte tem uma importância muito grande para esses jovens, abrindo caminhos e possibilidades para que eles possam ter melhores chances de conquistar seus objetivos”.

Projeto

Ao todo, 14 oficinas do projeto serão realizadas até o fim de 2017. A ação já passou pelos colégios estaduais Carlos Alberto Cerqueira, em São Caetano, e Cesare Casali, no bairro de Pirajá. O projeto ainda vai contar com uma segunda etapa, que está sendo planejada por um grupo de trabalho formado por técnicos das secretarias de Educação (SEC); Cultura (Secult); Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e da SJDHDS, com objetivo de alcançar diversas obras do Estado, como escolas, obras do metrô, viadutos e encostas.


Repórter: Tácio Santos/Secom