Por Redação- Foto Pedro França/Agência Senado 

Randolfe Rodrigues declara ser “dever de todo democrata condenar qualquer ditadura” após chavista assumir 3º mandato

O líder do Governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), chamou a posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), de “ilegítima e farsante”. Maduro assume para um 3º mandato  nesta sexta-feira (10). A eleição foi marcada por acusações de fraude. 

Em seu perfil no X (antigo Twitter), o congressista declarou que “é dever de todo democrata, onde quer que esteja, condenar qualquer ditadura”, seja “de direita ou de esquerda”.

A vitória de Maduro foi amplamente contestada mundialmente, as acusações de fraude foram levantadas por todos internacionalmente. A União Europeia e 8 países recusaram-se a reconhecer a reeleição de Maduro. Brasil, Colômbia e México solicitaram que o governo venezuelano divulgasse os boletins de urnas com os resultados.

O pedido, inclusive, causou uma tensão diplomática entre Brasília e Caracas. Maduro afirmou que representantes de 125 países foram à posse. Lula enviou a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, para representá-lo na cerimônia.

PROTESTOS E DETENÇÃO DE CORINA 

Milhares de venezuelanos foram às ruas para manifestar contra Maduro na quinta-feira (9). Os atos foram realizados em Caracas, Mérida e Chacao. Imagens divulgadas no X (ex-Twitter) mostram cidadãos com bandeiras venezuelanas gritando palavras como “liberdade” e “fora ditador”, em referência a Maduro. Eles também demonstraram apoio a Edmundo González e exibiram cartazes escritos “Edmundo presidente”. Durante os atos, a líder da oposição, Maria Corina, foi retida por forças de segurança. 

A equipe de María Corina e apoiadores da opositora alegam que ela foi “interceptada e derrubada de sua moto” quando saia de uma manifestação contra o governo em Chacao. Ela teria sido “retida à força”, forçada a gravar e vídeos e posteriormente liberada. A ação teria durado cerca de 1h30. 

Governo Maduro e integrantes do regime afirmam que a suposta retenção não passou de uma “fake news” criada para acobertar o “fracasso” das manifestações anti-Maduro realizadas na quinta-feira (9) na Venezuela.