Em 24 horas, foram contabilizadas 106.122 novas infecções, maior número desde o começo da pandemia, e 140 mortes relacionadas à doença.

Na terça-feira, haviam sido 90.629 novos casos. No mesmo dia, 8.008 pessoas estavam hospitalizadas com coronavírus, maior índice desde 22 de novembro. Apesar de alto, o número é bem abaixo do pico do inverno passado, que foi de 39.254, em 18 de janeiro, quase cinco vezes mais do que os níveis atuais.

No entanto, hospitalizações e mortes costumam aumentar semanas após a elevação dos casos, o que deixa em alerta as autoridades para uma possível sobrecarga nas internações próximo ao ano novo.

O NHS England informou que 301 internações devido à covid-19 foram registradas em hospitais de Londres em 20 de dezembro, um aumento de 78% em relação à semana anterior e o maior número em um único dia desde 7 de fevereiro.

As mortes pela ômicron na Inglaterra subiram para 18, enquanto as internações, confirmadas ou suspeitas, saltaram para 195.

Sem novas restrições na Inglaterra

Apesar do grande número de casos, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que nenhuma nova restrição será imposta na Inglaterra antes do Natal. No entanto, ele deixou claro que, após a data, novas medidas podem ser necessárias.

Por ora, o governo anunciou apenas a redução do período de quarentena para pessoas vacinadas que forem infectadas pelo coronavírus de dez para sete dias na Inglaterra. Os pacientes que tiverem um teste de antígeno negativo no sexto e no sétimo dias após a doença poderão deixar o isolamento.

Na Escócia, os eventos ao ar livre serão limitados a 500 pessoas a partir de 26 de dezembro por pelo menos três semanas. A mudança significa o cancelamento da popular festa de rua de Réveillon de Edimburgo pelo segundo ano consecutivo.

No País de Gales, grupos de no máximo seis pessoas poderão se reunir em pubs, cinemas e restaurantes a partir do Boxing Day (26 de dezembro). Na Irlanda do Norte, as boates terão que fechar na mesma data.

Nesta quarta-feira, os órgãos reguladores britânicos aprovaram a vacina contra covid-19 da Pfizer-BioNTech para crianças de cinco a 11 anos, mesmo dia em que o país ultrapassou 30 milhões de terceiras doses administradas em adultos. O objetivo é aplicar o booster em todos os maiores de 18 anos até o fim do ano.

Fonte: Deutsche Welle (DW)