O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse, em entrevista concedida à CNN Brasil nesta terça-feira (6) que Jair Bolsonaro “deixará como legado o fim do Estado policialesco no Brasil”. Ele elogiou a nomeação de Augusto Aras para a PGR e Kássio Nunes para o STF como exemplos positivos, ressaltando também a importância de demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

“Ele já desencadeou várias medidas importantes, desde o Coaf, a demissão do Moro, a nomeação de Aras na PGR, nomeação de Kássio. Ele está desfazendo um sistema que tentou derrubar a política nacional. Eu espero que ele continue dessa forma”, disse Renan.

O posicionamento de senador causou a ira de muitos bolsonaristas, nas redes, que estão incomodados com a indicação da Kássio Nunes para o STF. Eles alegam que Nunes é um petistas e amigo de Dilma.

Ricardo Bruno, jornalista político, escreveu ao Brasil 247 na segunda-feira (5) artigo  que vai ao encontro dos argumentos utilizados por Renan e avaliou que “em que pese a aversão visceral ao estilo autocrático de Bolsonaro, seus últimos movimentos revelam algumas surpresas positivas. A escolha do desembargador Kassio Marques para o STF está certamente entre elas.  O presidente driblou o fundamentalismo evangélico para se fixar num nome moderado, aparentemente garantista”.

O jornalista também afirmou que “Bolsonaro jamais deixará de ser Bolsonaro, mas acerta quando resolve decidir através da política, pela negociação, sem arroubos individualistas e um pouco mais distante dos grupos radicais de sua base”.

 

Fonte: Brasil 247