Por Redação – Foto Jerônimo Gonzalez/MS
No retorno ao Brasil após mais de 30 dias aguardando a saída de uma Faixa de Gaza sob constantes bombardeios de Israel, o grupo de 32 repatriados passou por cuidados médicos e procedimentos de regularização no alojamento da Base Aérea de Brasília. As atividades incluíram consultas médicas, vacinação, atendimento psicológico e regularização de documentos.
De acordo com Nilton Pereira Júnior, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, após as consultas, todos, incluindo as crianças, receberam alta, sem necessidade de internação. Apesar de ter sido divulgada a informação de desnutrição em duas crianças, avaliações posteriores por pediatras não confirmaram tal quadro.
O diretor relatou que tanto crianças quanto adultos apresentam sinais de estresse, como dores no corpo e insônia, resultado dos momentos vividos no conflito entre Israel e Hamas. Uma brinquedoteca foi montada para minimizar esses sinais, promovendo atividades lúdicas.
Além do acompanhamento psicológico por 30 dias, as equipes estimulam o consumo de água, especialmente considerando a onda de calor e as experiências prévias das crianças com água contaminada. O processo de repatriação também incluiu a vacinação conforme o cronograma brasileiro e assistência social, incluindo o cadastro para o CPF e a avaliação para programas sociais.
O grupo de repatriados, composto por 22 brasileiros e 10 palestinos, entre eles 17 crianças, nove mulheres e seis homens, agora recebe apoio integral no Brasil após o período de espera na zona de conflito.