“Eu já manifestei isso no conselho (político). Em uma das suplências eles têm prioridade”, disse o governador ao bahia.ba nesta terça-feira

Romulo Faro

Foto: Matheus Morais/bahia.ba

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (26) no Hospital Roberto Santos, em Salvador, o governador Rui Costa (PT) confirmou que o PSB de Lídice da Mata tem preferência para escolher a suplência de um dos dois candidatos ao Senado por sua chapa, Ângelo Coronel (PSD) Jaques Wagner (PT).

“Eles (PSB) têm prioridade. Eu já manifestei isso no conselho (político). Em uma das suplências eles têm prioridade, mas eu vou tentar manter o equilíbrio nessa questão da suplência. A não ser que os partidos abram mão. Mas se houver disputa, vamos buscar o equilíbrio”, afirmou Rui. Além do PSB, agora revelado pelo governador, o outro favorito para a suplência ao Senado é o PCdoB.

Questionado pelo bahia.ba sobre a reação de Lídice, que não escondeu sua insatisfação, Rui espera “compreensão” por parte da senadora, e deu a entender que a socialista pode ter algum cargo de peso em seu possível segundo governo.

“Com o passar do tempo talvez as pessoas compreendam. As oportunidades na política vão surgindo. Hoje o debate é sobre o Senado, amanhã será de outras questões importantes, de cargos muito mais relevantes. Se somos um grupo, uma equipe, todo mundo pode cumprir no futuro uma função de destaque. Eu diria até de mais destaque do que o Senado”, afirmou o governador.

Mas Rui pondera que para tanto Lídice da Mata precisa deixar claro em público que está com ele em seu candidatura de reeleição.

“Mas é importante que todo mundo passe o sentimento de que faz parte do grupo. Até porque se alguém diz: ‘eu não aceito o grupo’, aí o grupo também não terá obrigação de aceitá-lo no futuro. Se alguém pretende algum dia ser representante desse grupo, seja em que função for, ele tem que pelo menos incorporar. A gente não pode pedir para a pessoa gostar, aceitar calado. Mas quem incorpora o grupo nas decisões se credencia para ocupar posições no futuro”.

Rui Costa reafirmou também que não tomou decisão sozinho nem levou em questão pontos pessoais para escolher Ângelo Coronel em detrimento de Lídice.

“Quem bate o martelo em tese é o governador, mas é uma decisão compartilhada com todos. E é uma decisão que busca fazer justiça. Justiça ao equilíbrio, não às pessoas. É evidente que é difícil fazer um debate sem falar de pessoas. Mas a escolha passou por um perfil coletivo. Eventuais insatisfações vão existir. Não dá para agradar a todo mundo. Como diz o ditado popular, ‘nem Jesus Cristo agradou a todo mundo’. Não vai ser Rui Costa que vai conseguir agradar”.