Citando hostilidade e sentimento anti-Rússia, o Kremlin criticou os Estados Unidos nesta terça-feira (16) por pressionarem o Brasil a rejeitar sua vacina contra a COVID-19, a Sputnik V.

O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, disse que as tentativas de interferência política nas campanhas de vacinação estão custando vidas.

Conforme divulgado ontem (15), o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) confirmou publicamente que pressionou o Brasil contra a compra da vacina russa contra a COVID-19, a Sputnik V.

O texto norte-americano apontava para a tentativa de Moscou de buscar expandir sua influência na América Latina em “detrimento da segurança e proteção dos EUA”.

Sputnik V doses
© AP PHOTO / ALEXANDER ZEMLIANICHENKO JR Sputnik V doses

Dmitry Peskov afirmou que o relatório demonstra “hostilidade dos EUA para com a Rússia e desrespeito aos interesses dos parceiros”. Ainda segundo ele, “obviamente isso não contribui para os esforços conjuntos de se combater o coronavírus globalmente”.

Em seu pronunciamento, Peskov questionou: “Se os brasileiros podem encontrar uma vacina na Rússia, por que forçá-los a desistir dessa oportunidade?”.

A Rússia também informou que cerca de 50 países aprovaram o uso da Sputnik V e milhões de doses já foram entregues à América Latina, principalmente para a Argentina e o México.

O governo russo está impulsionando a fabricação da Sputnik V em quatro países da União Europeia, que no momento examina um pedido de aprovação de seu uso.

No Brasil, o ex-presidente Lula se articulou para tentar mediar a aquisição de imunizantes russos e insumos chineses para o combate à COVID-19 no país.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (foto de arquivo)
© SPUTNIK / SERGEI GUNEEV Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov (foto de arquivo)

Fonte: Sputnik Brasil