Por Redação – Foto Pavel Golovkin/Getty Images

 

Alexei Navalni, o mais proeminente crítico do governo de Vladimir Putin, morreu na Rússia. O líder opositor, de 47 anos, foi declarado morto pelo Serviço Federal Prisional do país enquanto cumpria uma pena de 30 anos em uma cadeia na remota região de Yamalo-Nenets, no Ártico.

As causas da morte ainda não foram reveladas. Durante sua detenção, Navalni enfrentou condições desumanas, incluindo greves de fome e isolamento prolongado, resultando em um declínio acentuado de sua saúde, conforme relatado por seus advogados. O próprio Navalni, em uma mensagem recente, descreveu como era acordado por músicas nacionalistas pró-Putin.

O opositor russo, conhecido por suas denúncias de corrupção e críticas contundentes ao governo, considerava suas condenações como perseguição política. Seu desaparecimento temporário da colônia penal onde estava preso, no ano passado, gerou suspeitas e levou a sua transferência para uma unidade ainda mais severa do sistema penal russo, após ser designado como extremista.

Navalni ganhou notoriedade internacional após ter sido envenenado em 2020, enquanto participava de uma campanha eleitoral local na Sibéria. Após seu retorno da Alemanha, onde recebeu tratamento médico, foi imediatamente preso por violar sua liberdade condicional. Sua detenção gerou uma onda de protestos em toda a Rússia.

Navalni se tornou um símbolo da resistência ao regime de Putin no exterior. Seu ativismo e luta pelos direitos humanos o transformaram em um mártir do movimento anti-Putinismo, sendo reconhecido até mesmo pela comunidade internacional, como evidenciado pela recente conquista do Oscar por um documentário sobre sua vida.