Por Redação – Foto Montagem: Andrew Harnik/Getty Images e Anna Moneymaker/Getty Images

Na próxima terça-feira (5), os Estados Unidos irão eleger o seu novo presidente. No foco principal, a disputa está entre Kamala Harris, do Partido Democrata, e do ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

Algumas características diferenciam o sistema norte-americano do que é visto aqui no Brasil. Lá, são os próprios estados que supervisionam as próprias eleições. Isso significa que os horários das urnas podem variar de um para o outro.

Em alguns estados, as primeiras urnas fecham às 18h (20h de Brasília), no dia da eleição. As últimas fecham às 22h (2h de Brasília), no Alasca e Havaí. Além disso, milhões de americanos também já votaram antecipadamente em locais de votação ou pelo correio.

Outra coisa que distingue as eleições nos EUA e aqui no Brasil é quando o vencedor será conhecido. Na terra do “Tio Sam”, isso pode levar mais de um dia, ao contrário do que ocorre do lado de cá.

Delegados nos EUA

Ao todo, mais de 150 milhões de pessoas votarão indiretamente para o cargo de presidente no dia da eleição ou antes. Isso porque são os 538 delegados, que formam o Colégio Eleitoral, que escolherão o presidente em um processo que se estende de dezembro a janeiro.

Nesse sistema, as pessoas elegem os “delegados”, figuras eleitorais engajadas politicamente e membros ativos dos partidos. São eles quem escolhem as pessoas que vão ocupar cargos políticos. Nos EUA, esse sistema é utilizado tanto nas eleições primárias (a disputa entre os pré-candidatos) quanto nas gerais (quando participam somente um candidato de cada partido).

Os delegados são representantes que votam seguindo a vontade da maioria dos eleitores de cada estado.

Conforme estabelecido na Constituição dos Estados Unidos, os americanos votam nos candidatos à Presidência e, de acordo com o número de votos obtidos em cada estado, os candidatos recebem os votos dos delegados, correspondentes à região.

Juntos, os delegados formam o Colégio Eleitoral, quando esses representantes, então, se reúnem nos respectivos estados e votam para presidente e vice-presidente, esse ano a convenção será em 17 de dezembro.

Esses votos serão contados na Câmara dos Deputados em 6 de janeiro de 2025. O novo presidente toma posse em 20 de janeiro de 2025.

Variação de delegados por estado

Esse número varia de estado para estado, de acordo com o número de deputados – que muda com base no censo demográfico.

Os menores estados — Alasca, Delaware, as duas Dakotas, Vermont e Wyoming — recebem três representantes cada. Os estados mais populosos são Califórnia (54 delegados), Texas (40 delegados) e Flórida (30 delegados).

Esses números podem mudar a cada 10 anos porque a Constituição exige uma contagem oficial da população, ou censo, e o número de assentos no Congresso é então redistribuído. O censo mais recente ocorreu em 2020, então o número de delegados mudou desde então.

Desses 538 delegados, é preciso que um candidato à Presidência consiga conquistar ao menos 270 (metade) mais um.

Se por um acaso nenhum candidato atingir a quantidade de 270 ou se os dois candidatos chegarem exatamente a 269 votos cada um, a Câmara dos Deputados decide quem será o novo presidente, entre os três candidatos que obtiveram mais votos, em uma nova e diferente votação. O processo é conhecido como “eleição contingente”.

Neste caso, vale ressaltar que os deputados que definem o presidente não são os que já estão no cargo, e sim os que forem eleitos em novembro.

Apenas duas vezes na história dos Estados Unidos, o presidente foi escolhido pela Câmara: em 1800 e 1824.