Por Redação – Foto Divulgação

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou neste sábado (16) que um dos 17 lotes de ajuda humanitária enviados ao Haiti foi saqueado no porto de Porto Príncipe, capital do país, que enfrenta os efeitos devastadores de uma guerra civil. Em meio à escassez de alimentos, medicamentos, eletricidade e doações de sangue, o saque de suprimentos vitais representa um golpe ainda mais grave para a população já vulnerável.

Além do saque, a Unicef relata que outros 260 contêineres destinados à ajuda humanitária estão sob o controle de grupos armados que assumiram o controle de grandes áreas da cidade, gerando um aumento nos índices de assassinatos, sequestros e violência sexual.

Diante desse cenário de caos e desespero, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo, acrescentando mais um elemento de instabilidade à situação já precária do país.

Bruno Maes, representante da Unicef no Haiti, falou da urgência da situação, declarando: “A pilhagem de bens essenciais para o apoio à vida de crianças deve acabar imediatamente. Este incidente ocorre num momento crítico, quando as crianças mais precisam deles.”

Os suprimentos saqueados incluíam reanimadores e equipamentos relacionados, itens essenciais para salvar vidas em meio à crise humanitária. A Unicef alertou ainda que três em cada quatro mulheres na região de Porto Príncipe não têm acesso a cuidados básicos de saúde e nutrição.

A Organização das Nações Unidas (ONU) ressaltou que o caos está resultando em níveis recordes de fome e desnutrição, mesmo nas partes da capital.