Por Jesus Souza e Yuri Abreu – Foto Jesus Souza

O secretário da Fazenda de Lauro de Freitas, Ricardo Góes, defendeu a proposta feita pela gestão municipal aos servidores municipais, feita em reunião na tarde desta sexta-feira (17), em coletiva de imprensa realizada no Centro Administrativo da cidade.

A proposta ao funcionalismo teve como foco o pagamento do salário do mês de dezembro de 2024, que não foi pago pela administração Moema Gramacho, antecessora de Débora Régis no Executivo lauro-freitense. Segundo a proposição, esse vencimento, em específico, seria pago em seis parcelas, o que acabou gerando descontentamento por parte dos servidores, ainda que a Prefeitura se comprometesse a pagar, integralmente, os salários a partir de janeiro deste ano.

“Entendo que houve um avanço. A administração apresentou uma proposta, a proposta factível no momento, em função da situação que se encontram as finanças do município, com decretação de calamidade financeira. Os representantes dos servidores vão levar em assembleia. Inicialmente, rechaçaram a proposta, mas o município ficou de oficializar essa proposta feita aqui, uma proposta que implicaria no desembolso imediato por parte do município de cerca de mais de 40% do valor da folha, porque envolveria todas as retenções, todas as consignações, e o parcelamento do salário líquido”, afirmou Góes.

“Vamos aguardar a contraproposta das representações dos servidores para ver se conseguimos avançar e buscarmos uma solução para esse problemão financeiro que o município se encontra, de uma dívida herdada de folha de pagamento, onde a administração anterior não honrou a folha de dezembro, não deixou dinheiro para pagar e simplesmente passou adiante para a próxima gestão resolver esse problema. Não bastasse ter a dívida com os salários, também têm dívidas previdenciárias, inclusive de meses anteriores, de setembro até novembro e dezembro que não foram pagos também, devem da Previdência Social e Receita Federal. Então o município, nessa gestão, está tentando buscar uma solução, é um problema que precisa ser resolvido, mas precisa ser resolvido com razoabilidade dentro dos critérios técnicos de equilíbrio financeiro. Nós sabemos que o prejuízo é muito grande para o servidor que trabalhou. Que precisa se sustentar, que tem sua família para se sustentar e está sem receber os salários. A administração atual está fazendo todo o esforço, sabe que tem que resolver, mas vamos deixar claro aqui quem foi que criou o problema, quem deu causa a esse problema. Então quem deu causa a esse problema é quem escolheu pagar em dezembro os empreiteiros ao invés de pagar os servidores. Quem deu causa a esse problema é quem gastou mais do que a receita do município, ou seja, passou o ano inteiro com uma despesa superior à receita. Então nós temos problema não só com os servidores […] os servidores é mais grave. Depois temos problemas tributários com a Receita Federal e temos problemas milionários com diversos fornecedores, aqui fornecedores de serviços essenciais que estão há quatro, cinco, seis meses sem receber. Mas com muito esforço, com muita luta, eu tenho certeza que nós vamos conseguir botar as finanças de Lauro de Freitas nos trilhos”, concluiu.