Estar próximo dos agricultores e agricultoras familiares, transmitindo conhecimentos e informações relevantes para a segurança alimentar e a produção orgânica, é uma das importantes contribuições do Governo do Estado, por meio da assistência técnica e extensão rural (Ater) do projeto Bahia Produtiva. Nesse sentido, durante os meses de setembro e outubro, serão realizados 12 encontros, com pelo menos 340 famílias beneficiárias do projeto nos territórios de identidade Velho Chico e Bacia do Rio Corrente.
As reuniões, presenciais, têm o objetivo de dar continuidade às ações de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do Bahia Produtiva ao fomentar a reflexão sobre temas centrais como a diversificação produtiva, produção para o autoconsumo, aproveitamento integral dos alimentos e construção de oportunidades de geração de renda em mercados locais.
Na programação do encontro, além do debate sobre SAN, estão em pauta o reforço nos cuidados com a COVID e conversas sobre as informações das cartilhas produzidas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional. As cartilhas estão sendo distribuídas para as comunidades com os temas Nutrição e Saúde, Comida e Saúde e Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) & Saúde.
“Estamos percebendo que o tema de segurança alimentar e nutricional é latente, especialmente neste contexto de pandemia, e desperta o interesse das famílias. As cartilhas estão sendo bem recebidas e facilitam o debate sobre diversificação produtiva, melhoria da qualidade da alimentação e conhecimento sobre hortaliças tradicionais”, comentou o coordenador pedagógico do Instituto BioSistêmico (IBS), empresa prestadora de ATER contratada via Bahia Produtiva, Sidnei Niederle.
Comunidade Quilombola Tomé de Nunes
Um dos lugares onde já aconteceu o encontro foi a Associação dos Pequenos Produtores de Familiares da Comunidade de Remanescente de Quilombola de Tomé Nunes. Lá, são 22 famílias beneficiárias, com investimentos do Bahia Produtiva de mais de R$ 200 mil, aplicados na construção da unidade de processamento para derivados da mandioca, e na aquisição de equipamentos.
“A gente utilizava as plantas nativas aqui, mas não sabia da qualidade que elas têm. Eu mesmo tinha o costume de comer a pitomba, que tem bastante aqui, mas não sabia da utilidade dela. Então, foi um encontro muito rico em experiência. Além do encontro, nós recebemos cartilhas para pôr em prática os ensinamentos no dia a dia”, comemorou a agricultora Joanita Dias de Brito.
Na comunidade, a previsão é aumentar a área cultivada da araruta, uma PANC, para desenvolvimento de novos produtos derivados da mandioca. Hoje, a produção na unidade de processamento está focada na bolacha de polvilho e pão de mandioca e é vendida, entre outros produtos, na feira da região e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), fruto da parceria entre o Estado da Bahia e o Banco Mundial, por meio de acordo de empréstimo.
Ascom SDR/CAR