Da próxima vez será muito mais difícil para um navio militar britânico entrar sem aviso prévio nas águas territoriais da Rússia, disse Andrei Kelin, embaixador russo no Reino Unido, em entrevista à BBC comentando a recente intrusão do HMS Defender nas águas russas perto da Crimeia.

“Da próxima vez – não dissemos que podemos disparar contra ele […] como alguns parlamentares fizeram – mas da próxima vez eles [autoridades britânicas] ficarão em uma posição muito mais difícil, porque essa já não será a primeira vez que um navio britânico fará algo semelhante [entrar nas águas territoriais da Rússia]”, advertiu Kelin.

O diplomata observou que o navio entrou nas águas da Rússia sem notificação prévia e não cumpriu as leis do país.

“Não foi uma passagem pacífica, conforme afirma o governo britânico, foi uma demonstração de que estas são águas ucranianas, o que não corresponde à realidade”, ressaltou embaixador.

Destróier HMS Defender, Type 45, da Marinha Real britânica, filmado de um avião militar russo no mar Negro, em 23 de junho de 2021
© REUTERS / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIA / HANDOUT Destróier HMS Defender, Type 45, da Marinha Real britânica, filmado de um avião militar russo no mar Negro, em 23 de junho de 2021

Em 23 de junho, o Ministério da Defesa da Rússia informou sobre a violação de sua fronteira nacional pelo destróier HMS Defender da Marinha Real do Reino Unido.

O destróier britânico atravessou a fronteira russa e entrou três quilômetros em águas russas perto do cabo de Fiolent.

Um navio-patrulha russo disparou um tiro de advertência, enquanto uma aeronave Su-24M realizou um “bombardeio de advertência” na direção da deslocação do navio.

Fonte: Sputnik Brasil