Por Yuri Abreu – Foto Divulgação/Polícia Civil
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc-BA), Eustácio Lopes, não descartou a possibilidade de uma greve dos agentes da categoria caso as negociações com o Governo do Estado não avancem para um desfecho positivo.
No entanto, em entrevista ao Notícias da Bahia, nesta segunda-feira (11), o dirigente afirmou que esperar esgotar todo e qualquer diálogo com a gestão estadual antes de tomar qualquer decisão a respeito. Na próxima quarta-feira (13), servidores das polícias Civil e Técnica realizarão Assembleia Extraordinária Geral Conjunta para deliberar sobre os próximos passos.
O encontro será realizado no CECBA, localizado no bairro do Costa Azul, em Salvador, a partir das 14h. A assembleia contará com a participação de servidores do interior que sairão em “caravanas”, da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e da capital baiana.
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“O nosso caso da reivindicação é uma reestruturação salarial. A Bahia, hoje […] figura como o último salário no inicial. No final, somos o último em valorização do Brasil. Os salários pagos na Bahia, no governo anterior, não tiveram sua recomposição. Enquanto isso, a categoria acumulou 54% […] A gente quer, na verdade, estar entre os 10 melhores salários do país, já que a Bahia tem a sétima economia”, afirmou.
“E a nossa Assembleia, é por essa valorização, esse reconhecimento da dedicação dos Policiais Civis no combate a criminalidade e no enfrentamento as facções criminosas. A nossa Assembleia é para cobrar do governo, que tem uma mesa de negociação, mas que avançou muito pouco no que a categoria esperava de valorização. Então a gente tem Assembleia para apresentar a contraproposta do governo à categoria e ver se a categoria aprova ou não, continuando a mobilização, que é o que tudo indica, neste momento, buscando uma melhoria na proposta do governo”, completou.
De acordo com o presidente do Sindpoc, o que a categoria não está realizado, neste momento, são os chamados eventos midiáticos, a exemplo de operações ou junção de vários mandados de prisão a serem cumpridos. “Contudo, o dia-a-dia da delegacia, as investigações, a entrega das intimações, a realização das diligências, o cumprimento dos mandados de prisão e formalização os procedimentos isso a gente está fazendo”, contou.
“O que a gente entende é que existe espaço de diálogo, a gente está tentando esgotar a pauta, chegar na melhor proposta através do diálogo com o governo. A proposta ainda não é o que a categoria espera. A categoria está aguardando, mas ela pode caminhar e deliberar por uma greve, por uma radicalização do movimento. A gente espera que a gente consiga um bom termo entre categoria e governo e a gente não precisar radicalizar, mas é possível [a greve], finalizou Eustácio Lopes.