(Redes Sociais)

“Evidência de nível baixo ou muito baixo”

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira [AMIB], a Sociedade Brasileira de Infectologia [SBI] e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia [SBPT] publicaram nesta terça-feira 19/V um documento contrário ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com o coronavírus. O protocolo, obtido pelo UOL, foi produzido por 27 especialistas e se chama “Diretrizes para o Tratamento Farmacológico da COVID-19”.

O documento é enfático, logo em sua introdução, sobre o uso da medicação. “Não há indicação de uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe [anticorpo que bloqueia a ação de uma proteína responsável por causar inflamação crônica] no tratamento da covid-19”, aponta. São feitas 11 recomendações para não uso, em rotinas, desses fármacos, cujas aplicações são “embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo”.

Segundo o protocolo, uma das poucas recomendações de rotina para medicação é o uso da heparina [um anticoagulante] “em doses profiláticas [ou seja, preventivas] no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica”. A conclusão do estudo é de que, até agora, “não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifique seu uso de rotina no tratamento da covid-19”.

Do Conversa Afiada com informações do UOL