Segundo presidente belarusso, militares ucranianos pediram aos colegas russos para barrarem a entrada da OTAN na região. Ao mesmo tempo, Lukashenko afirmou que, após o referendo, “a Crimeia também se tornou russa de jure”.
O chefe de Estado de Belarus, Aleksandr Lukashenko, disse que antes da mudança de poder em Kiev, os militares ucranianos pediram à Rússia para salvarem a Crimeia da invasão da OTAN em 2014, e que tal fato teria sido relatado ao presidente russo Vladimir Putin.
“Eles [militares ucranianos] contataram os [militares] russos […] e avisaram que a Crimeia não será da Rússia se não tomarmos certas medidas. Também não será da Ucrânia. E de quem? Da OTAN […]. Em outra reunião com os russos, eles sugeriram que é necessário decidir a questão da Crimeia. De acordo com minhas informações, isso foi relatado ao presidente Putin”, disse o líder belarusso.
Ainda segundo Lukashenko, através de informações dos militares ucranianos que serviam na Crimeia, os EUA já haviam projetado quartéis em Sevastopol.

“Portanto, aqueles que serviram lá na Crimeia, eles viram, ucranianos, generais e oficiais ex-soviéticos. E propuseram aos russos […], segundo minhas informações, o presidente insistiu em uma solução jurídica para o problema, absolutamente a favor. Eu conheço a posição de Putin, de forma nenhuma deveria haver tropas da OTAN na Crimeia”, disse o presidente belarusso.

Lukashenko complementou dizendo que “portanto, não houve um único tiro [na Crimeia], porque foi acordado com antecedência que a região deveria ser salva e, então, como eu sei e entendo, Putin insistiu em um referendo. […] Após esse referendo, a Crimeia também se tornou russa de jure“, disse Lukashenko à RIA.
Fonte: Sputnik Brasil