A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (13) o julgamento sobre o afastamento do baiano Aroldo Cedraz do cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Cedraz foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tráfico de influência. Segundo a denúncia, apresentada em outubro do ano passado, ele e o filho, o advogado baiano Tiago Cedraz, pediram propina de R$ 2,2 milhões a Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em troca de favorecimento da empresa em um processo no TCU. O órgão de Contas questionou a manutenção da licitação para construção da usina nuclear de Angra 3, da qual a construtora participava.

O caso começou a ser apreciado na sessão do dia 6 de agosto, mas a votação foi suspensa pela presidente da Turma, ministra Cármen Lúcia, após leitura do relatório do ministro Edson Fachin.

A denúncia da PGR foi estruturada com base na delação premiada do executivo da UTC. Segundo o MPF, Ricardo Pessoa e Tiago Cedraz teriam firmado um esquema em 2012, com pagamentos realizados de maneira parcelada até 2014. Registros de viagens e informações obtidas no escritório do advogado reforçaram a tese da procuradoria.

A defesa do ministro argumenta que uma sindicância feita pelo próprio TCU não encontrou provas de que o ministro tenha praticado tráfico de influência.

Da Redação *com informações da Agência Brasil – foto: Valter Campanato/Agência Brasil