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Giszele Paixão e Vanderson Matos disseram que presidente afastado nunca pediu qualquer valor

As duas testemunhas que acusaram o presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Jimi Medeiros, de rachadinha, em junho deste ano, mudaram seus depoimentos em recentes oitivas no curso da instrução do Processo Administrativo.

A conselheira do Coren-BA, de nome Giszele Paixão, disse que “jamais foi ameaçada, coagida ou sofreu qualquer tipo de pressão por Jimi Medeiros”, e que “as contribuições eventualmente feitas foram em favor do grupo ao qual pertencia, e pelo qual foi eleita Conselheira do Coren-BA – consignando entender injusto que uma só pessoa (no caso, Jimi Medeiros), custeasse integralmente a campanha de uma chapa” e que desconhece a prática de rachadinha no âmbito do Coren-BA, bem como afirma que Jimi nunca a exigiu qualquer valor.

Outro depoimento que culminou no afastamento temporário do presidente eleito foi o do ex-servidor Vanderson Matos. Segundo o seu novo depoimento, negou “a existência de qualquer combinado prévio para a sua contratação, ou qualquer condicionante para a sua manutenção no cargo”, e disse “desconhecer a existência de prática de ‘rachadinha’ no âmbito do Coren-BA, bem com desconhece ter o sr. Jimi Medeiros se beneficiado desta prática na autarquia regional.

Por causa da mudança nos depoimentos, a defesa de Jimi Medeiros entrou com pedido de reconsideração no Mandado de Segurança (Proc. 1045011-20.2021.4.01.3400), que pede seu retorno à presidência do Coren-BA. Jimi foi afastado das suas funções por 90 dias e deve ter o prazo prorrogado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Ele foi acusado de receber parte dos valores de salários de servidores do Coren para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral.

 

Fonte: Redação