Por Jesus Souza e Yuri Abreu | Foto Jesus Souza

O vereador de Salvador, Tiago Ferreira (PT), defendeu o fim da Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV) após o resultado abaixo do esperado nas eleições municipais deste ano. Ele, por exemplo, tentou a reeleição à Câmara Municipal da capital baiana, mas não teve sucesso.

Em 2024, recebeu 5.629 votos, melhorando o próprio desempenho em relação a 2020, quando obteve 4.610 sufrágios. Mesmo assim, foi insuficiente para ser reconduzido ao posto no legislativo soteropolitano – o PT, que tinha quatro vereadores na Casa, terá apenas uma a partir de 1º de janeiro de 2025: Marta Rodrigues.

“Eu já dizia que o nome tinha que ser do PT [para a Prefeitura de Salvador]. A chapa nossa acabou prejudicando a Federação […] o PCdoB acabou aproveitando bem o processo, concentrando a votação em três candidatos, enquanto o PT fez um maior esforço, colocando um número maior de votos na chapa da Federação e elegeu apenas a vereadora Marta [Rodrigues]. Infelizmente, foi uma decisão do núcleo duro do governo, do ‘andar de cima’ e infelizmente a base também não acompanhou. Tanto que boa parte da militância do Partido dos Trabalhadores optaram por votar no candidato do PSOL, de esquerda, o que eu já vinha pregando há muito tempo”, disse.

“Com certeza [a favor do fim da Federação]. Hoje, se nós tivéssemos o PT, só, faríamos pelo menos três vereadores: dois normal e um na sobra. E o que ocorreu foi o contrário. Se você por pegar a votação do PV em separado, nesta eleição, ele fez 17 mil votos, e não elegeria nenhum candidato. Se você pegar a votação do PCdoB poderia elegeria um, podendo, na sobra, eleger dois, o que seria muito difícil. O PT foi o maior prejudicado nessa eleição aqui em Salvador

Cargo no governo Jerônimo

Aos jornalistas, o petista também foi questionado sobre a possibilidade de ocupar um cargo em meio a reforma do secretariado que está sendo realizada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e deve ser concluída ainda este ano. Segundo Tiago, ainda não houve qualquer tipo de conversa com o titular do Palácio de Ondina, mas garantiu que não sairá da política.

“Até o momento não tive nenhuma conversa com o governador neste sentido. Mas, não sairei da política até porque desde cedo milito. Estarei na luta, nas comunidades, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na luta dos trabalhadores rodoviários […] Com relação a espaço político, não tive qualquer conversa com o governador e ainda não sei qual será o meu destino a partir de 2025”, garantiu.