Por Sandra Mercês – Foto Sandra Mercês
O Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Felipe Freitas, falou com a imprensa na manhã desta quarta-feira (13), sobre a criação da Delegacia Especializada em Crimes de Racismo e Intolerância.
“O governador envia hoje à Assembleia Legislativa um projeto que cria a estrutura de cargas para a delegacia de combate aos crimes de racismo e discriminação racial. É mais um passo importante que amplia as estruturas do Estado da Bahia no enfrentamento ao racismo, esse crime tão perverso que faz tão mal a nossa experiência civilizatória que precisa ser enfrentado de maneira dura pelo Estado”, disse Felipe Freitas.
O titular da SJDH, falou do ineditismo do projeto no Brasil. A nova unidade da Polícia Civil vai atuar no combate à intolerância e no fortalecimento dos direitos humanos, além da proteção de entidades e patrimônios públicos e privados.
“É uma experiência absolutamente inédita nessa proporção nos outros estados, porque nós vamos ter aqui não só uma equipe específica, uma delegacia específica para atuar nesses casos, mas uma equipe com uma formação aprofundada feita pela Secretaria de Igualdade Racial e a Polícia Civil, junto com a Secretaria de Segurança Pública. Portanto, nós vamos ter seguramente um modelo de repressão em relação aos crimes de racismo para todo o Brasil, o que é mais um passo na consolidação da política de igualdade racial”.
“Nesse momento a gente vai encaminhar um projeto de lei para a Assembleia para a criação dos cargos, então nesse momento fundamentalmente a gente precisa primeiro ter a aprovação dos cargos e daí toda a estrutura vai ser feita com os equipamentos que nós já temos no âmbito da Polícia Civil, da Secretaria de Segurança”, disse Freitass.
Ações integradas entre capital e interior
“A gente vai criar uma delegacia que não tem uma estrutura de cargos específica com um conjunto para delegados específicos e uma equipe especializada. Ela vai também poder fortalecer o trabalho que a coordenação já faz hoje para ser o apoio para que toda a delegacia do Estado possa ter nessa delegacia que vai ser instalada na capital a referência de como atender, porque a ideia é que toda a delegacia seja a porta de entrada, uma delegacia para os casos de racismo, mas uma delegacia especializada, instalada na capital. Vai ser referência para apoiar todas as outras no atendimento a esses casos”, concluiu.