Por Redação- Foto Fotos Públicas/Reprodução

Donald Trump, presidente elito dos EUA não será preso e nem multado por fraudar pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels. O republicano recebeu a pena de “dispensa incondicional” pelo crime nesta sexta-feira (10), a dez dias da posse para o segundo mandato na Casa Branca. A informação é do jornalista Artur Alvarez, do site g1.

A sentença foi atenuada por conta da vitória de Trump na eleição. Ele não foi condenado à prisão, nem a liberdade condicional e nem pagará multa por sua condenação criminal, mas a sentença registrará um julgamento de culpa em seu histórico permanente.

Donald Trump se torna o primeiro presidente dos EUA a tomar posse como um criminoso condenado e sentenciado por um delito criminal. A sentença foi dada pelo juiz Juan Merchan, de um tribunal de Nova York, e foi influenciada por “circunstâncias únicas e notáveis”, por conta da eleição de Trump, mas isso não retira o peso da condenação, de acordo com o juiz.
A pena estabelecida  pelo juiz buscou não influenciar nem atrapalhar o segundo mandato do republicano como presidente dos EUA. O presidente participou da audiência virtualmente e já havia dito na quinta-feira (09), que recorrerá da sentença. Logo que o juiz Merchan terminou de falar, sinalizando o final da sessão, o presidente eleito desligou abruptamente sua câmera.

De acordo coma reportagem, em maio de 2024, ele foi condenado por 34 acusações de fraude contábil, relacionadas à ocultação de pagamentos feitos para silenciar a atriz Stormy Daniels. Segundo as investigações, o caso ocorreu antes das eleições de 2016, com os pagamentos tendo a intenção de impedir que detalhes sobre o suposto envolvimento entre Trump e Daniels, em 2006 — pouco após o nascimento do filho mais novo de Melania Trump — prejudicassem sua campanha presidencial.

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Donald Trump afirmou perante o tribunal que o julgamento foi “uma experiência terrível” e “um enorme retrocesso” para o sistema judiciário de Nova York. “Fui tratado de forma muito, muito injusta”, disse.

Após a sessão, ele afirmou que a sentença de dispensa incondicional mostra que “os democratas radicais somaram outra derrota nas caças às bruxas”.

Trump disse em uma publicação na rede social “Truth Social” que “os radicais democratas perderam mais uma patética e antiamericana caça às bruxas. (…) Esse resultado [de dispensa incondicional] por si só prova que, como todos os juristas e especialistas legais têm dito, NÃO HÁ CASO, NUNCA HOUVE UM CASO, e toda essa farsa merece ser TOTALMENTE ANULADA. O verdadeiro júri, o povo americano, já se manifestou ao me reeleger com um MANDATO esmagador em uma das eleições mais importantes da História. (…) FAÇAMOS A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!”.
Ele nega as acusações e considera uma perseguição política. O político lutou contra o anúncio da sentença para evitar constrangimento antes de reassumir a Casa Branca, no dia 20. Sua defesa conseguiu vários adiamentos, mas, a Suprema Corte dos EUA e a instância máxima da Justiça de Nova York permitiram que a sentença fosse dada antes da posse.

Segundo o site, a defesa argumentava pela suspensão do anúncio da sentença e até pela anulação completa do caso, com base em uma decisão da Suprema Corte que garante imunidade absoluta a presidentes e ex-presidentes em processos criminais relacionados a atos praticados durante o mandato ou no exercício de funções oficiais da presidência. No entanto, o caso envolvendo Stormy Daniels não se enquadra nesse critério, pois ocorreu antes de o republicano assumir a presidência.

Donald Trump participou da audiência de forma virtual para ouvir a pena. Além de ser poupado da prisão, a Promotoria de Nova York também havia sugerido ao juiz Juan Merchan que uma punição ao presidente eleito só sairia após ele deixar a Casa Branca, a partir de 2029. Contudo, Merchan julgou que seria importante haver uma sentença para o caso em respeito ao júri.