Um dia após a Embaixada da China no Brasil se posicionar sobre a hipótese de que o novo coronavírus foi criado em um laboratório em Wuhan, Jair Bolsonaro insistiu na narrativa.

Em culto evangélico em Anápolis (GO), o presidente disse que não tem provas, mas acredita na hipótese classificada pela embaixada como “teoria conspiratória”.

“Tivemos um problema seríssimo, a tal da pandemia. Ainda, eu não tenho provas, né? Mas esse vírus nasceu de um animal ou nasceu num laboratório? Eu tenho na minha cabeça da onde ele e veio e para quê, mas ela está aí”, disse. “Começou a se utilizar politicamente o vírus”, completou Bolsonaro.

No comunicado desta terça-feira, a China alertou que a politização do coronavírus “está fadada ao fracasso”.

“Instamos aquele pequeno número de países e indivíduos a cessar imediatamente a politização do assunto e a sabotagem da cooperação internacional no estudo das origens por motivo de sua agenda política escusa”, diz a embaixada do país asiático.

Reportagem de Natália Portinari e Julia Lindner, no Globo, publicada nesta quarta, mostra como os posicionamentos agressivos de Bolsonaro com a China prejudicaram a compra de vacinas.

Segundo as jornalistas, um executivo da farmacêutica Sinovac pediu uma mudança no posicionamento político do Brasil para que houvesse uma relação “mais fluida” entre os países e “fez questão de ressaltar a importância do apoio político para a realização das exportações, e mesmo a possibilidade de tratamento preferencial a determinados países”.

Fonte: Brasil 247