Por Sérgio Jones*
Relações promíscuas têm sido prática comum entre o executivo e o legislativo feirense, por décadas, começam a fazer água. Atritos e atropelos de interesses entre ambos os poderes já se tornaram rotineiro na mídia local.
A baixaria entre suas excelências corre solta e retaliações de ambos os lados acontecem diariamente. O prefeito de direito e não de fato, Colbert Filho (MDB), se utiliza do poder da caneta e promove a demissão de cargos, em massa, de familiares e aderentes dos senhores legisladores.
Por sua vez, em resposta às ações do mandatário, os parlamentares vetam todos projetos oriundos do executivo, não levando em consideração se são ou não importantes, para a coletividade. O resultado de toda essa pândega picaresca é atribuído pelo populacho como herança maldita do modelo da política do compadrio.
Modelo do dando é que se recebe, que foi implantado, com muita maestria, pelo caudilho político José Ronaldo. Os poderes antes considerados harmônicos entre si, virou pó diante da brutal realidade que vivencia o mundo político em nosso país e em especial, na terrinha de Lucas.
O encanto acabou, uma hora a cobrança chega e isso aconteceu justamente no governo de Colbert. Que nada tem a perder em um confronto direto com o legislativo. Ele não poderá recorrer mais uma vez ao cargo de prefeito, o que o torna menos vulnerável às chantagens e achaques dos nobres edis.
Nesse meio tempo, os que pateticamente defenderam e elegerem como intermediário e mediador do conflito entre os podres poderes, o vice-prefeito de Fernando de Fabinho, deram com os burros n’ água.
A emenda saiu pior do que o soneto. Agora, esses mesmos defensores são partidários e tentam dar como a última cartada escalando o ex-prefeito José Ronaldo, pivô responsável por todo este imbróglio político.
Como interlocutor que conseguirá presumivelmente realizar o milagre da reconciliação entre os políticos mercenários, estes se digladiam para defender e manter seus fartos privilégios.
O que fica patenteado, em todo esse cenário de canalhices, é que o grande perdedor, como sempre, é o povo. Este, sempre foi utilizado como massa de manobra para que os políticos possam atingir os seus fins, não levando em consideração os meios empregados ou adotados para isso.
Sérgio Jones, jornalista, ([email protected])