Por Redação – Foto Reprodução

A utilização de uma doação feita pela família de Neymar ao lateral Daniel Alves, condenado por estupro na Espanha, está sendo investigada pela operação ‘Fiscalía’, iniciada pelo Ministério Público (MP) do país.

O Ministério Público está avaliando a possibilidade de solicitar a revogação da “atenuante de reparação de dano”, um dispositivo legal que contribuiu para a redução da pena do ex-jogador baiano. Esta atenuante foi efetivada através de um depósito de R$ 806 mil em juízo pela defesa de Alves, proveniente de uma doação feita por Neymar. Esta ação é considerada uma forma de indenização antecipada.

Segundo relatos do jornal espanhol “El Mundo”, a promotoria argumenta que o valor doado pelo brasileiro não deve ser interpretado como reparação do dano. Em contrapartida, a defesa de Alves afirma que o montante deveria ser entregue à vítima, que até o momento não aceitou.

Tanto a promotoria quanto a defesa da vítima expressam preocupação de que a aplicação da atenuante possa ser considerada “discriminatória”, uma vez que o jogador supostamente teria vantagens devido às suas condições financeiras.

Daniel Alves foi condenado a quatro anos de prisão depois que o tribunal espanhol o considerou culpado de estuprar uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona no final de 2022.