Por Redação – Foto Fotos Públicas
O general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro e general da reserva, foi preso neste sábado (14) no Rio de Janeiro pela Polícia Federal.
A investigação da PF afirma que ele é um dos responsáveis pela tentativa de golpe de Estado e, também, por tramar o assassinato de autoridades, como o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin e, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Braga Netto foi indiciado em novembro junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, por supostamente participar de uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder.
Eles são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
De acordo com o inquérito da PF, Braga Netto aprovou o plano de assassinato de autoridades do governo federal e do judiciário, de autoria do general da reserva Mario Fernandes, preso em novembro. O plano, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, foi apresentado a Braga Netto, em reunião na casa dele, em novembro de 2022.
Naquele momento, Lula e Alckmin já tinham sido eleitos, mas ainda não tinham tomado posse na presidência da República. O ministro Alexandre de Moraes era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas investigações da PF, ficou constatado que, na casa do general da reserva, o tenentes-coronéis Mauro Cid, considerado ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Ferreira Lima e o major Rafael de Oliveira discutiram o plano junto a Braga Netto, que teria aprovado o documento. A reunião foi em 12 de novembro, três dias antes da data escolhida para os crimes.
O inquérito afirma que o plano de assassitato era envenenar Lula e Moraes e, em seguida, instituir o “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”. Havia ainda uma minuta pronta para a criação do plano, documento encontrado com o general Mário Fernandes em 19 de novembro.