Por Redação – Foto Reprodução

Ziraldo foi velado no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, neste domingo (7). A cerimônia para o cartonista contou com familiares, amigos, fãs, artistas, representantes da classe política e autoridades.

Entre as emocionantes homenagens que tomaram conta do local, uma gravação do próprio Ziraldo, lendo o poema Memória, de Carlos Drummond de Andrade, emocionou o público presente. Na poesia, o escritor modernista fala sobre a perda e a permanência da lembrança. A estrofes terminam: “As coisas tangíveis/ tornam-se insensíveis/ à palma da mão./ Mas as coisas findas,/ muito mais que lindas,/ essas ficarão.” A leitura foi ouvida em total silêncio e ao fim da gravação os presentes aplaudiram Ziraldo.

Daniela Thomas, filha do cartunista, falou sobre a conexão pessoal da obra do pai com diversas gerações brasileiras.

“Quando havia aquelas filas gigantes nas bienais, vinham o avô, o filho, o neto, o bisneto. Todos com um livro esmagadinho, lido, usado. Isso é muito lindo. Ele é um cara que falou com cinco gerações”.

Ziraldo morreu no sábado, aos 91 anos, de causas naturais. Ele fez parte do jornal O Pasquim e também foi criador de personagens icônicos, principalmente para o público infantil. O mais conhecido entre eles, Menino Maluquinho, que virou um símbolo da infância brasileira desde 1980.

O cartunista nasceu e cresceu na cidade de Caratinga, localizada no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Começou a desenhar na infância e publicou seu primeiro trabalho aos seis anos de idade, no jornal Folha de Minas.

Além do Menino Maluquinho, Ziraldo é pai de outros símbolos, como a Turma do Pererê, Bichinho da Maçã e das obras clássicas da literatura infantil: O Menino Marrom e Flicts.

 

Fonte: Brasil de Fato