O embaixador da Venezuela na ONU afirma que o ex-presidente Álvaro Uribe, apesar de sua prisão, governa na Colômbia, por meio de seu golfinho, Iván Duque.

“A Colômbia é o único caso de país governado por criminoso de sua ‘hacienda-prisão’, escreveu Samuel no Twitter nesta sexta-feira, referindo-se a Uribe, que cumpre pena de prisão em sua casa , por casos que  vão de homicídio a compra de votos, violação dos direitos humanos e ligações com grupos paramilitares.

O oficial venezuelano acusa Uribe de agravar a violência, desencadeada em várias cidades colombianas nos últimos dias, para denunciar a violência policial. “Depois do massacre em Bogotá (a capital), ele ordenou que se redobrasse a repressão contra os manifestantes. Isso mostra que ele é o chefe político da aliança narco-paramilitar que está colocando o país [Colômbia] na guerra”, postou Moncada.

Desta forma, o representante venezuelano junto às Nações Unidas (ONU) criticou uma mensagem do ex-senador Uribe que, na opinião de Moncada, denota seu apoio à brutal agressão das forças de segurança colombianas contra a população que protesto contra excessos.

“Melhor toque de recolher do Governo Nacional, das Forças Armadas nas ruas, com seus veículos e tanques, deportação de vândalos estrangeiros e captura de autores intelectuais. Melhor do que mortes, policiais feridos, do que destruição de CAI [Centros de Atenção Imediata], riscos para o Transmilenio [serviço de ônibus] e para o bonde de Medellín ”, indica o tweet de Uribe.

De fato, o presidente Duque, considerado o golfinho de Uribe e correligionário do partido de direita Centro Democrático, defendeu na quinta-feira a repressão das forças de segurança contra os manifestantes que exigem justiça no caso do advogado Jorge Ordóñez, morto pela polícia durante uma prisão na capital colombiana.

De acordo com um relatório oficial, os confrontos entre os participantes dos protestos e as forças da ordem na Colômbia deixaram dez mortos  e 148 feridos entre quarta e quinta-feira.

As autoridades venezuelanas denunciam as conspirações de Bogotá e Washington para gerar instabilidade e mudança de governo na Venezuela, bem como sua campanha de infâmia e tentativas de concretizar um plano de intervenção militar no país bolivariano.

 

HISPANTV