Vitor Fernandes 

As recentes agressões de guardas civis municipais de Salvador a um motoboy foram alvo de críticas e de representação ao Ministério Público da Bahia pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT), candidato a deputado estadual no pleito deste ano, para investigar o caso e destituir o comando da Guarda. O petista contestou que a instituição (GCM), desde sua criação, sofre com incontáveis críticas, como as denúncias de homicídio, agressão a garis e a vereador. “A guarda serve para preservar os equipamentos públicos e para reforçar a segurança da população, não para agir com poder de polícia. Os casos de abuso de autoridade cometidos por agentes da GCM têm acumulado nos últimos anos, situação que vem causado preocupação à maioria dos soteropolitanos”, salienta Suíca.

O petista criticou os agentes, que no último dia 11 de setembro, agrediram o motoboy Marcos Cardoso dos Santos durante uma abordagem, que ocorreu no Caminho das Árvores. Mesmo com os agentes afastados, o candidato a uma vaga na Assembleia entrou com uma representação para que o Ministério Público instaure Ação Civil Pública para apurar os inúmeros casos de abuso de autoridade cometidos pelos agentes da Guarda Civil Municipal de Salvador. Pede ainda que o órgão instaure intervenção, destituindo o comando da Guarda e que adote as demais providências cabíveis e previstas em lei. “A agressão foi filmada e disponibilizada em diversos meios de comunicação e redes sociais. É possível ver o momento em que um dos agentes defere um soco no rosto do motociclista. Isso é um absurdo, não tem como aceitar uma situação dessa”.

Suíca ainda lembrou dos casos envolvendo a GCM. O edil aponta para o caso do dia 13 de abril de 2016, quando um homem foi morto a tiros na região do Comércio, próximo ao Mercado Modelo. Conforme apurado, o disparo foi efetuado por um agente da Guarda Municipal. Há um ano, o vereador de Salvador Toinho Carolino foi agredido fisicamente por agentes, nas imediações do Dique do Tororó. O edil recebeu um murro no peito, quando tentou defender uma gari que também estava sendo espancado pela guarda. “Não podemos mais suportar em silêncio o total desvirtuamento da guarda, onde pessoas que deveriam cuidar basicamente do patrimônio público são deslocadas para funções estranhas às quais a Constituição lhe conferiu”, completa.