Chanceler venezuelano havia convidado Bachelet para ir ao país sul-americano verificar condições; Bachelet diz que sanções dos EUA agravam situação na Venezuela

Por Opera Mundi

Foto: Un Photo

Após o convite feito pelo governo do presidente Nicolás Maduro, a Alta Comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, anunciou nesta quarta-feira (06/03) que no próximo domingo, 10 de março, uma equipe do Conselho de Direitos Humanos chegará à Venezuela.

Em 27 de fevereiro, durante uma reunião com a ex-presidente do Chile, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, reiterou o convite oficial feito várias vezes por Nicolás Maduro para recebê-la na Venezuela. Bachelet abordou o assunto nesta quarta, durante a entrega de seu relatório anual sobre Direitos Humanos em Genebra, Suíça.

O grupo da ONU será integrado por cinco pessoas, que visitarão as cidades de Caracas, Valência, Barquisimeto e, possivelmente, Puerto Ordaz, durante dez dias. Posteriormente, eles prepararão um relatório sobre as condições existentes para a chegada de Bachelet.

Entre os objetivos da visita estão verificar se o estado de crise humanitária relatado por setores de oposição ao processo bolivariano é real ou não, bem como abordar questões relacionadas à saúde, alimentação, liberdade de expressão, conflito social, violação de direitos trabalhistas e de direitos humanos. Para isso, eles se reunirão com organizações civis e representantes do governo.

Bachelet disse que a situação na Venezuela “foi agravada pelas sanções”, em referência ao bloqueio econômico e às medidas financeiras impostas desde 2015 pelos Estados Unidos e seus países aliados para, segundo Caracas, tentar criar uma desestabilização social na nação sul-americana.

O governo venezuelano afirma que as sanções prejudicam diretamente a população venezuelana ao não permitir o acesso do Estado ao crédito no sistema financeiro internacional, bloqueando e desviando o dinheiro do país em instituições financeiras dos EUA, e impossibilitando a Venezuela de importar produtos básicos e remédios, entre outras medidas.

(*) Com teleSUR