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A imprensa britânica sinalizou como um “sinal de agressão” a nova bomba aérea Drel (furadeira, em português).

A nova bomba aérea Drel, adotada pelo exército russo ainda neste ano, é mais um sinal de agressão do Kremlin, comunica o jornal britânico Daily Express.

O jornal expressa que a bomba destinada a equipar os caças russos de 5ª geração Su-57, aumenta as preocupações sobre o início da 3ª guerra mundial.

O artigo citou um representante do consórcio fabricante Tekhmash afirmando que a bomba é apta a ataques sobre instalações a 30 km de distância, evitando o espaço aéreo inimigo. E acrescenta que essa arma está equipada com 15 submunições autoguiadas suficientes para destruir uma coluna de tanques ou uma bateria de mísseis e, ao mesmo tempo, permanecer invisível ao radar.

O Daily Express afirma que a Rússia fez o anúncio da nova bomba logo após o envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal, o que, segundo o autor da publicação, pode ser considerado “mais um sinal de agressão do Kremlin”.

Entretanto a Drel, que será adotada pelas Forças Armadas da Rússia em 2018, foi apresentada durante o fórum militar Exército 2016. Ela é destinada a derrotar veículos blindados, sistemas de radar terrestres sem entrar na zona de defesa aérea.

Em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Vladimir Kozin comentou as conclusões do Daily Express.”É uma verdadeira bobagem. Antes de nos acusar, eles devem prestar mais atenção ao que está acontecendo em países da OTAN próximos às fronteiras russas no que tange as atividades militares. Todas as três doutrinas, que foram acordadas pela administração norte-americana, têm características agressivas, onde dois países são considerados inimigos potenciais dos EUA: Rússia e China. Os EUA realmente planejam a agressão e modernizam uma tríade nuclear estratégica com mísseis balísticos intercontinentais, mísseis de submarinos e bombardeiros pesados. Modernizam uma arma nuclear tática em forma de bombas nucleares B61, desenvolvem o sistema de defesa antimíssil de modo global. Está havendo uma exploração mais ativa ao redor das fronteiras russas por aviões da OTAN: na semana passada foi relatado 23 aviões de reconhecimento, eles bateram seu próprio recorde. Além disso, os caças multiusos dos membros da OTAN (Grã-Bretanha, EUA e França) aterrissam em três bases dos Países Bálticos. Eles podem transportar tanto armas convencionais como nucleares”, disse.