Depois de ser criticado por copiar trechos de um discurso do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o secretário da Cultura do governo Bolsonaro voltou a se defender e disse que as frases citadas são apenas semelhantes.

Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã dessa sexta-feira (17) Roberto Alvim afirmou que a semelhança das frases foi uma “coincidência” e que ele não sabia que os trechos ditos se assemelhavam aos de Joseph Goebbels.

“O regime nazista é tão genocida quanto qualquer regime totalitário de esquerda do século XX, como Mao [Tsé-Tung], [Josef] Stalin e Fidel [Castro]. Stalin e Che têm grandes frases também. O que aconteceu neste caso foi isso”, justificou.

Em um vídeo publicado na noite desta sexta-feira (17) para divulgar um novo concurso nacional de artes, Alvim usa o seguinte trecho:

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”

Ao comentar a fala de Alvim no vídeo de lançamento do Prêmio Nacional das Artes, o mentor do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho afirmou que o secretário de Cultura “deve estar com algum problema de cabeça”.

De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir Roberto Alvim, após a polêmica criada pelo vídeo divulgado nas redes sociais.

Segundo o jornal, a situação de Alvim ficou “insustentável”. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já teria sido comunicado da decisão.