A ameaça de uma greve nacional por parte dos caminhoneiros no dia 1 de fevereiro está mantida, apesar dos acenos feitos por Jair Bolsonaro para evitar a paralisação. O movimento, porém, dá sinais de divisão, uma vez que o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, Plínio Dias, diz que a posição pela paralisação está mantida, enquanto o ex-caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, e líder da greve de 2018, descarta esta possibilidade.

Segundo reportagem do blog do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, Dias diz que a redução do preço dos combustíveis – principal reivindicação do setor – não foi atendida. “Não recebemos resposta do governo. A paralisação está de pé”, afirma.

Na sua live da quinta-feira da semana passada, Bolsonaro prometeu  rever os valores do frete e das multas por excesso de peso dos veículos, além de inserir a categoria na lista grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19, mas não falou em rever ompreço dos combustíveis.

Já o ex-caminhoneiro Wanderlei Alves avalia que a paralisação não deve acontecer. “Caminhoneiro não faz greve ‘no peito’. Não vai acontecer greve dia 1º”, afirma. Segundo Dedeco, “boa parte dos caminhoneiros está muito apaixonada ainda pelo Bolsonaro. Principalmente aqueles que trabalham de empregados, não pagam pneu, não pagam óleo diesel, não pagam o caminhão. Para mim, são doidos igual ele”.

 

Fonte: Sputnik Brasil