Cuba anuncia saída de Programa Mais Médicos do Brasil

Em uma declaração, a instituição cubana explicou que essa decisão a comunicou à Diretora da Organização Pan-americana da Saúde e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa que proporcionava serviços de saúde à população pobre do Brasil.

Acrescentou que Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença dos médicos cubanos, declarou e reiterou que modificará termos e condições do Programa Mais Médico a respeito da Organização Pan-americana da Saúde e ao convênio desta com Cuba.

Repudiou que o atual presidente brasileiro, Michel Temer, questionasse, também, a preparação dos profissionais da nação caribenha e condicionasse sua permanência no programa ao revalida do título e como única via a contratação individual.

‘As modificações anunciadas impõem condições inaceitáveis e incumprem as garantias acordadas desde o início do Programa, que foram ratificadas no ano 2016 com a renegociação do Termo de Cooperação entre a Organização Pan-americana da Saúde e o Ministério de Saúde do Brasil e o Convênio de Cooperação entre a Organização Pan-americana da Saúde e o Ministério de Saúde Pública de Cuba’, expressou o Minsap.

Considerou que essas condições tornam impossível manter a presença de profissionais cubanos no Programa.

O Minsap reiterou o compromisso de Cuba com os princípios solidários e humanistas que durante 55 anos têm guiado a cooperação médica cubana.

De acordo com o organismo da maior das Antilhas, a iniciativa da então presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, na qual participa Cuba desde 2013, tinha o nobre propósito de assegurar a atenção médica à maior quantidade da população brasileira, em correspondência com o princípio de cobertura sanitária universal que promove a Organização Mundial da Saúde.